REDAÇÃO OFICIAL
Extraído do Manual de Redação da
Presidência da República - www.planalto.gov.br
Definição
Redação oficial é a maneira pela qual o
Poder Público redige atos normativos e comunicações.
Caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão,
formalidade e uniformidade, pois deve sempre permitir uma única interpretação
e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de
linguagem.
A Impessoalidade
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser
dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado.
Por seu caráter impessoal, por
sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o
uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que:
a) se observam as regras da gramática formal, e
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma.
Formalidade e Uniformidade
As comunicações oficiais
devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma.
Além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de
linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata
somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de
tratamento para uma autoridade de certo nível mais do que isso, a
formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao
assunto do qual cuida a comunicação.
Concisão e Clareza
A concisão é antes
uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com
um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha,
além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo
para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se
percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.
Pode-se definir como claro aquele texto
que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é
algo que se atinja por si só, ela depende estritamente das demais
características da redação oficial. Para ela concorrem:
a) a impessoalidade, que
evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento
personalista dado ao texto;
b) o uso do padrão culto de
linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a
vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a
padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz
desaparecer do texto os excessos lingüísticos que nada lhe acrescentam.
MEMORANDO
Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas
de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis
diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente
interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a
exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc., a serem adotados por
determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do
memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de
procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de
comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e,
no caso de falta de espaço, em folha de continuação.
Forma
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a
diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
Exemplo de Memorando
SERVIÇO
PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
GABINETE DO REITOR
CAMPUS
UNIVERSITÁRIO REITOR JOÃO DAVID FERREIRA LIMA - TRINDADE
CEP: 12345-900 -
FLORIANÓPOLIS - SC
TELEFONE (048)
2345-9320 - FAX (048) 3721-2345
E-mail:
gabinete@reitoria.ufsc.br
Memorando n.º 118/2009/GR
Em 7 de maio de 2012.
Ao Senhor Chefe do Departamento de Administração
Assunto: Instalação de microcomputadores
1.
Nos termos
do Plano Geral de informatização, solicitamos a Vossa Senhoria verificar a
possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste
Departamento.
2.
Ressaltamos que o equipamento seja dotado de disco rígido e de monitor padrão
EGA. Quanto a programas, haverá necessidade de dois tipos: um processador de
textos e outro gerenciador de banco de dados.
3.
Sugerimos que o treinamento de pessoal para operação dos micros esteja a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4.
Mencionamos, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento
ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma
melhoria na qualidade dos serviços prestados.
Atenciosamente,
[nome]
[cargo]
REQUERIMENTO
Requerimento é o instrumento por meio
do qual o signatário pede, a uma autoridade pública, algo que lhe pareça justo
ou legal. O requerimento pode ser usado por qualquer pessoa que tenha interesse
no serviço público, seja, ou não, servidor público. Deve ser dirigido à
autoridade competente para receber, apreciar e solucionar o caso, podendo ser
manuscrito ou digitado/datilografado.
Uma vez que o requerimento é veículo de
solicitação sob o amparo da lei, somente pode ser dirigido a autoridades públicas. Pedidos a entidades
particulares fazem-se por carta ou, quando provenientes de órgão
público, por ofício. Podem-se, no entanto dirigir requerimentos a colégios
particulares.
Características
- O requerimento é utilizado apenas por pessoas, sendo dirigido sempre à
autoridade pública;
- Diretores de escolas, mesmo particulares, e outras entidades, como
sindicatos, federações, cartórios, entre outras que prestam serviços públicos,
também recebem requerimentos;
- Quando entidades particulares requerem algo que lhes pareça justo e/ou
legal, utilizam carta, enquanto órgãos públicos o fazem por ofício;
- Utiliza-se no requerimento a terceira pessoa gramatical: Fulano de Tal, Servidor Municipal lotado na Secretaria de Educação,
requer. Por questão de
modéstia, é inconveniente utilizar a primeira pessoa gramatical ;
- No caso de requerimento coletivo, pode o mesmo ser assinado por todos
os interessados, caracterizando o que se denomina abaixo-assinado, ou por um
representante do grupo.
Exemplo de Requerimento
A Sua Excelência o Senhor Prefeito Municipal de Antares, RS.
FULANA DE TAL, Servidora desse
Município, ocupante do cargo de......., lotada na .............., onde exerce
as funções de .........., matrícula n.º.........., requer a Vossa Excelência
que determine ao setor competente a expedição de sua certidão de tempo de
serviço nesse Município, a fim de anexá-la ao seu processo de aposentadoria
junto ao INSS.
Nestes termos, pede deferimento.
Antares, RS, .... de ..................... de
.........
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Fulana de Tal
Sim, eu gostei das dicas. Modéstia à parte, evidentemente. Rs Abraços, meu caro.
ResponderExcluirMuito Bon Blog https://santoraldehoy.org/
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