quinta-feira, 17 de maio de 2018

Conheça o Professor Cristiano



CRISTIANO DE SOUZA FELICÍSSIMO

CONTATO
sejaaprovado@hotmail.com

ATIVIDADES ATUAIS
Profº. de Língua Portuguesa, Redação e Interpretação de Textos para Concursos.
2º Sargento do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro

FORMAÇÃO ACADÊMICA
Pós-Graduação
Especialização em Língua Portuguesa - UERJ

Graduação
Licenciatura em Português e Literaturas de Língua Portuguesa

APROVAÇÕES EM CONCURSOS

2000 e 2002 – aprovado e classificado no concurso para PMERJ;
2002- 3º colocado no concurso para soldado do CBMERJ;
2004 – 22º colocado no concurso para o TRT-RJ;
2006 – 5ª melhor nota no ENEM para o Curso de Letras na Universidade Estácio de Sá;
2009 – colocado geral no concurso interno do CBMERJ para o CFC 2009.
2009 – 7º colocado no concurso para os cursos CFAQ II e III da Marinha.
2010 – 3° colocado no concurso para ingresso no Curso de Pós-Graduação – Especialização em Língua Portuguesa – da Faculdade de Formação de Professores da UERJ (FFP-UERJ).

ENTREVISTAS AO JORNAL FOLHA DIRIGIDA
Dias : 19-02-2013
          26-02-2013
         16-05-2013
         19-06-2013
         17-02-2014
         15-05-2014
       
ENTREVISTAS FILMADAS AO JORNAL FOLHA DIRIGIDA

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
Degrau Cultural - Professor de Língua Portuguesa - desde 2011 - atualmente
Saúde Aprovação - Professor de Língua Portuguesa - desde 2016 - atualmente
Curso Treinos - Professor de Língua Portuguesa - desde 2018 - atualmente
Curso PRIUS - Preparatório na Área de Saúde - Professor de Língua Portuguesa - de  2015 a 2017
Curso Progressão - Professor de Língua Portuguesa - 2013
Curso PLA - Professor de Língua Portuguesa – 2013
Provespe Concursos - Professor de Língua Portuguesa - 2012
Meta Concursos - Professor de Língua Portuguesa - 2011
Colégio e Curso P&C – Maricá, Itaboraí e Teresópolis - Profº e Coordenador do Pré-Militar e Pré-Escolas Técnicas - de 2009 a 2011

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Entrevista nos estúdios da FOLHA DIRIGIDA - 17/02/2014.

Entrevista nos estúdios da FOLHA DIRIGIDA - 17/02/2014. 


.Vídeo Motivador - Cabo Cristiano

Filmagem feita pela FOLHA DIRIGIDA, no Quartel Central do Corpo de Bombeiros.
Dia 26/02/2013

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Redação Oficial


REDAÇÃO OFICIAL
Extraído do Manual de Redação da Presidência da República - www.planalto.gov.br
Definição
Redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.
         Caracterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade, pois deve sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nível de linguagem.

 A Impessoalidade
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:
a) da ausência de impressões individuais de quem comunica;
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação;
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado.
 Por seu caráter impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que:
a) se observam as regras da gramática formal, e
b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma.

Formalidade e Uniformidade
        As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas regras de forma. Além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível  mais do que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.

Concisão e Clareza
        A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de idéias.
Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se atinja por si só, ela depende estritamente das demais características da redação oficial. Para ela concorrem:
        a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao texto;
        b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de circulação restrita, como a gíria e o jargão;
        c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos;
        d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos lingüísticos que nada lhe acrescentam.
MEMORANDO
Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, idéias, diretrizes, etc., a serem adotados por determinado setor do serviço público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação.
Forma
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos

Exemplo de Memorando


SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
GABINETE DO REITOR
CAMPUS UNIVERSITÁRIO REITOR JOÃO DAVID FERREIRA LIMA - TRINDADE
CEP: 12345-900 - FLORIANÓPOLIS - SC
TELEFONE (048) 2345-9320 - FAX (048) 3721-2345
E-mail: gabinete@reitoria.ufsc.br



Memorando n.º 118/2009/GR
                                                                                                               Em 7 de maio de 2012.




Ao Senhor Chefe do Departamento de Administração



Assunto: Instalação de microcomputadores



1.                     Nos termos do Plano Geral de informatização, solicitamos a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento.

2.                     Ressaltamos que o equipamento seja dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas, haverá necessidade de dois tipos: um processador de textos e outro gerenciador de banco de dados.

3.                     Sugerimos que o treinamento de pessoal para operação dos micros esteja a cargo da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito.

4.                     Mencionamos, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

                       Atenciosamente,




[nome]
[cargo]

REQUERIMENTO
Requerimento é o instrumento por meio do qual o signatário pede, a uma autoridade pública, algo que lhe pareça justo ou legal. O requerimento pode ser usado por qualquer pessoa que tenha interesse no serviço público, seja, ou não, servidor público. Deve ser dirigido à autoridade competente para receber, apreciar e solucionar o caso, podendo ser manuscrito ou digitado/datilografado.
Uma vez que o requerimento é veículo de solicitação sob o amparo da lei, somente pode ser dirigido a autoridades públicas. Pedidos a entidades
particulares fazem-se por carta ou, quando provenientes de órgão público, por ofício. Podem-se, no entanto dirigir requerimentos a colégios particulares.

Características
- O requerimento é utilizado apenas por pessoas, sendo dirigido sempre à autoridade pública;
- Diretores de escolas, mesmo particulares, e outras entidades, como sindicatos, federações, cartórios, entre outras que prestam serviços públicos, também recebem requerimentos;
- Quando entidades particulares requerem algo que lhes pareça justo e/ou legal, utilizam carta, enquanto órgãos públicos o fazem por ofício;
- Utiliza-se no requerimento a terceira pessoa gramatical: Fulano de Tal, Servidor Municipal lotado na Secretaria de Educação, requer. Por questão de
modéstia, é inconveniente utilizar a primeira pessoa gramatical ;
- No caso de requerimento coletivo, pode o mesmo ser assinado por todos os interessados, caracterizando o que se denomina abaixo-assinado, ou por um representante do grupo.

Exemplo de Requerimento

A Sua Excelência o Senhor Prefeito Municipal de Antares, RS.

FULANA DE TAL, Servidora desse Município, ocupante do cargo de......., lotada na .............., onde exerce as funções de .........., matrícula n.º.........., requer a Vossa Excelência que determine ao setor competente a expedição de sua certidão de tempo de serviço nesse Município, a fim de anexá-la ao seu processo de aposentadoria junto ao INSS.

Nestes termos, pede deferimento.


Antares, RS, .... de ..................... de .........


_____________________________
Fulana de Tal

Redação - A Dissertação


Quando o assunto é escrever para alguém (examinador) ler, todos sentem frio na barriga. Por quê?
Devido a forma como é passado na escola, geralmente imposto como castigo.
Abaixo listo alguns parâmetros a serem observados no momento de redigir.

DISSERTAÇÃO
Por Marcelo Morais Caetano, in Caminhos do Texto
Produção Textual
"Qualquer um de nós, senhor de um assunto, é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem."
(J. Mattoso Câmara Jr., Manual de expressão oral e escrita)

Considerações iniciais
Não há, de fato, uma "fórmula" capaz de estabelecer todos os critérios pertinentes a uma boa redação.
Atenção à precisão vocabular: uma palavra é única e insubstituível; cada uma possui um significado totalmente próprio (garota ≠ menina ≠ mulher ≠ senhora...), ainda que pareçam sinônimos (trataremos mais desse assunto adiante).

1) Aspecto estético:
·        Legibilidade da letra
·        Paragrafação
·        Margens regulares
·        Ausência de rasuras
2) Aspecto gramatical:
·        Ortografia
·        Acentuação
·        Concordância verbal/nominal
·        Regência verbal/nominal
·        Pontuação
·        Colocação pronominal

Dissertação-argumentativa
É o texto que gira em torno de uma problemática (ou conflito ou tema), que exige, do autor, uma posição (ou tese) a ser defendida com argumentos válidos, chegando-se, assim, a uma conclusão coerente.

Assunto
É um conjunto de frases que giram em torno de um mesmo campo semântico, e que podem ser proferidos ou escritos sem necessidade de comprovação. É aquilo que está sendo falado ou escrito.

Tema
É um subconjunto do assunto, pois o tema (também chamado de problemática ou conflito), que passará, direta ou indiretamente, pela relevância do assunto para a sociedade brasileira contemporânea. O tema, como duas de suas nomenclaturas indicam, gera um conflito ou uma problemática e, por isso, incita à reflexão, à apresentação de senso crítico que veja.
Tese
É a posição do autor em relação ao tema. Uma vez detectado qual é tema o autor deve assumir uma das três posições:
a) A favor;
b) Contra;
c) Dialético (mostra prós e contras)

Argumento
É o conjunto de fundamentos que permitem ao leitor aceitar a tese do autor como válida, defensável.
Basicamente, serão ARGUMENTOS VÁLIDOS:
1- Responder por quê: tanto por que algo ocorre como por que algo foi dito (são porquês causais ou explicativos, portanto).
2- Raciocínio: O argumento baseado em raciocínio muitas vezes responde onde, quando, como, o quê, quem, pra quê.
3- Argumento de autoridade e/ou estatísticas: Para se defender uma tese, pode-se recorrer a alguém ou a alguma instituição que seja autoridade notória naquele tema.
4- Uso de exemplificações / ilustrações:
Exemplo: A natureza está em perigo. (tese) O aquecimento global, a poluição, o acúmulo de lixo, o desmatamento, a urbanização desordenada colocam os recursos naturais em situação arriscada.

O Tópico frasal e o tópico frasal acrescido de argumentos
Tópico frasal é o "título" de um determinado parágrafo; algo que, em poucas palavras, possa resumir tudo o que foi dito no parágrafo.
Vamos exemplificar; veja o trecho a seguir:
"A língua portuguesa é uma das mais ricas e complexas dentre as diversas línguas faladas no mundo: mescla elementos do grego com o latim, o que lhe confere especial singularidade."

Falhas argumentativas falácias, sofismas e paralogismos
Devemos reconhecer argumentos que têm aparência de verdade, mas que não podem ser considerados verdadeiros, pois falham no método (estudaremos as metodologias de construção do raciocínio mais à frente) ou apresentam premissas equivocadas.
A esse tipo de argumento errado se chama genericamente falácia. Quando a falácia é internacional, ou seja, tem a intenção de enganar o leitor ou receptor, chama-se sofisma. Se, o contrário, a intenção de enganar não existiu, mas apenas mau manejo dos argumentos, ocorre um paralogismo.
O Parágrafo perfeito
Parágrafo perfeito é aquele que possui um e apenas um tópico frasal. Na dissertação argumentativa, esse T.F. deve ser seguido de argumentos válidos como vimos acima.
O parágrafo perfeito também deve ter, no mínimo, 3 períodos, e, no máximo 5. Tome essas quantidades como canônicas para a construção do seu parágrafo ideal.
Não faça parágrafos muitos grandes, pois você correrá o risco de se perder dentro do mesmo e falar de assuntos diferentes (T.F.s), o que é errado.
O título da redação é a última coisa a ser dada, pois deve remeter a tudo o que se falar.
Observe que um parágrafo correto possui um sujeito central (no caso exemp0lificado, esse sujeito é "parágrafo correto") em torno de quem girarão quaisquer outras ideias: a tese ou Tópico Frasal.
Aí está o requisito básico para a correção parágrafo: conter um sujeito central com ideias e argumentações pertinentes apenas a ele.
Veja, novamente, a anatomia do parágrafo:
Outro exemplo:
(T.F.) - muitos jovens se entregam às drogas
Argumentos:
·        Por quê? Porque sucumbem à insistência ostensiva dos colegas
·        Como? Experimentando, por ingenuidade, e viciando-se.
·        Quando? Muitas vezes, na mais tenra idade (até em crianças).

Veja que todos argumentos são absolutamente pertinentes à idéia central (ao T.F.).
Assim, se, por exemplo, falasse em "como solucionar o problema dos jovens" ou sobre "como reverter a situação dos drogados", estar-se-ia fugindo à ideia central daquele parágrafo que é tão somente "muitos jovens se entregam às drogas".
Se fosse falar sobre "como solucionar o problema" ou "como reverter a situação", dever-se-iam introduzir novos parágrafos.
Uma boa regra para não fugir do T.F. é estar sempre, no transcorrer de todo o parágrafo, perguntando sobre a ideia central. Assim, observar-se-á se os argumentos apresentados têm coerência e vínculo com o T.F.
Outro exemplo, um pouco mais amplo:
Lembrando sempre: 1 parágrafo = 1 tópico frasal = n argumentos
Ex.: Tema: Leitura entre jovens.
T.F. do parágrafo: Diminuição do número de leitores jovens.
Argumentos:
1- Preço elevado dos livros.
2- Preferência pela televisão.
3- Desestímulo proporcionado pelos professores.
T.F.: Algumas soluções para que se leia mais.
Argumentos:
1- Criar bibliotecas públicas.
2- Maior incentivo por parte de pais e professores.
3- Redução dos preços dos livros etc.

Esquema / desenvolvimento da dissertação-argumentativa
A dissertação-argumentativa é dividida em 3 partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
TÍTULO
INTRODUÇÃO - 1 parágrafo (1 tópico frasal)
DESENVOLVIMENTO - 3 a 4 parágrafos (1 tópico frasal para cada parágrafo)
CONCLUSÃO - 1 parágrafo (1 tópico frasal)

Introdução
O primeiro parágrafo de uma dissertação deve tentar ser o mais objetivo possível.
Ainda que a dissertação seja a defesa de um determinado ponto de vista, o primeiro parágrafo não deve colocar veemente qual venha ser o tal: deve-se ater - na medida do exequível - aos fatos (contextos) em si (função referencial).
De relevância a esse assunto, parece ser o Lied jornalístico excelente exemplo de como se estrutura uma parágrafo de apresentação.
No Leid, parágrafo inicial da notícia, o jornalista se atém aos seguintes detalhes:
Quem? O Quê?  ? Quando Como? Onde? Por quê?
As demais propostas do redator da notícia (suas opiniões, constatações subjetivas) vêm com o transcorrer da notícia. Na dissertação-argumentativa, contudo, além desses fatos, a TESE (posição do autor sobre o tema) já deve aparecer, ainda que não explicitamente.
A dissertação tem, como característica primordial, o predomínio da razão sobre a emoção.

Tema: A educação no Brasil
Título: De quem depende uma educação eficaz
1) Introdução:
"Em meio às prioridades estabelecidas pelo governo, não estão, certamente, o desenvolvimento e a recuperação da educação no Brasil. Este é um fato lamentável. Nenhum país alcançou desenvolvimento real sem investimento maciço em educação.
2) Desenvolvimento:
O maior reflexo dessa situação reside nas escolas públicas. Com professores mal remunerados, elas não são capazes de promover a permanência dos alunos. Com isso, há um grande número de desistências e abandonos.
“As escolas particulares tornam-se cada vez mais seletivas, estilizando seus quadros discentes em nome de um eficiência que - nem sempre - é verdadeira. Paga-se para se ter um ensino melhor. Mas esse ensino nem sempre, repita-se, supre realmente as necessidades exigidas pela boa educação.
Só agora, depois de anos de massacre, o brasileiro começa a esboçar reações contra essa realidade. Parece que começa a lutar em prol de uma educação eficaz e acessível. Não adianta haver qualidade se não houver acesso.
3) Conclusão:
“É preciso mudar a mentalidade do povo em relação à sua possibilidade. Se não houver reação de sua parte não haverá mudanças efetivas. É preciso, enfim, mudar, também, os planos de prioridade do governo, algo que o nível de exigência crítica da população muito ajudaria a fazer ocorrer."
(Marcelo Moraes Caetano)

Qualidades e defeitos da dissertação: um reforço necessário
1- Aspecto formal
Cuidados que se deve ter em mente:
- O título deve estar no centro.
- Não pule linhas entre o título e o texto.
- O parágrafo deve ter espaço de cerca de dois dedos a partir da margem esquerda.
- Tenha letra legível.
- Evite rasuras.
- Não use abreviações (c/, p/, igual =).
- Escreva os numerais por extenso, exceto nos casos de algarismos romanos, datas completas, decretos-leis, nomes próprios com representação numérica ou numerais que representam épocas marcantes.
Ex.:
·        Século XX
·        Decreto-lei
·        22 de abril de 1500
·        Luís XVI
·        Década de 70
- Não rabiscar ou desenhar nas margens ou debaixo da redação.
- Não assinar a prova.
- Não dobre a folha se não se recomendar para fazê-lo.
2- Aspecto estrutural-semântico (macroato)
a) Introdução: é o ponto de vista do autor que será abordado no texto. Deve ser clara e sucinta (frase-núcleo).
b) Desenvolvimento: são as argumentações, isto é, conjunto de ideias que corroborem a frase-núcleo.
c) Conclusão: é a síntese de tudo o que foi dito e discutido no texto.

3- Aspecto estilístico
a) Clareza:
A clareza advém de alguns aspectos importantes:
- Escolher vocabulário simples, mas culto.
- Compor frases curtas.
- Pontuar adequadamente o discurso.
Evite:
* Gírias.
* Termos e conectivos do cotidiano.
* Excesso de pronomes pessoais.
*Inversões muito exageradas (sínquises).
b) Concisão:
Ser conciso significa eliminar todas as palavras desnecessárias ao entendimento de uma frase.
c) Precisão:
Não tente impressionar o examinador com palavras cujo sentido não conheça bem.
d) Originalidade:
Fuja de expressões vulgares, frases feitas, clichês e bordões populares. (Evite, também, termos próprios a jargões e regionalismo).

Conclusão
A conclusão deve ser exata, objetiva, sucinta e coerente ao desenvolvimento que se deu ao texto.

1- A conclusão e o examinador
O examinador deve perceber a coerência entre a conclusão do texto e o objetivo traçado pelo autor (que posição o mesmo tomou em relação ao tem).
Se o autor optar por uma posição de neutralidade, funcionando apenas como um "expositor" de fatos sucedidos, a conclusão deverá ser, exatamente, uma síntese dessa "exposição".
Também se pode concluir um texto aventando-se hipóteses ou dando-se uma sugestão ao problema tratado.
Assim, resumindo-se, a conclusão poderá:
1.1- Fazer uma síntese de todas as ideias expostas (cuidado para não ser repetitivo)
1.2- Explicitar um posicionamento ou deixando-o implícito (um posicionamento só é válido, repito, se seguido de argumentos).
1.3- Apresentar consequência(s) lógica(s) dos argumentos mostrados.
1.4- Levantar hipóteses e sugestões relativas ao tema e até a soluções para a problemática/conflito central do tema.

2- Falhas na conclusão
a) Conclusão catequética, doutrinadora
Como foi dito, ainda no início deste curso, a opinião do autor será menos avaliado do que sua capacidade de redigir.
Assim, não tente impressionar a banca com opiniões polêmicas ou com soluções mirabolantes.
Um erro comum, na conclusão do texto dissertativo, é o que provém da preocupação de querer concluir apresentando uma "solução mágica". E, às vezes, essa preocupação de "salvar a Terra" leva o aluno a assumir, na conclusão, um tom de apelo, de doutrinação, de querer conduzir o leitor a uma ação "salvadora". Por exemplo:
"É preciso que o jovem se conscientize de que só ele é capaz de operar mudanças e tornar o mundo mais justo e humano. É a partir dessa consciência que devemos atuar na realidade, tentando modificá-la."
Tal tipo de conclusão, além de cair no lugar-comum, no clichê, normalmente inicia uma outra linha de raciocínio, diferente da que se vinha desenvolvendo até então no texto.
b) Devem ser evitadas, também, conclusões inexpressivas como aquelas excessivamente humildes e/ou pessoais, por exemplo:
Esta é, apenas, a minha opinião.
Na minha opinião...
Dentro das minhas limitações....
Atende para o seguinte:
c) Extensão excessiva
A conclusão deve ter uma extensão proporcional ao texto. Uma redação com trinta linhas, por exemplo, deve ter uma conclusão de aproximadamente quatro a seis linhas (isto é padrão geral, mas não uma norma. É evidente que podem ocorrer casos em que se torne uma conclusão maior ou menor. É bom, porém, que você tenha visão da proporção ideal, para que possa ajustá-la ao texto que você escreve).
 (Barros, Jaime. Encontros de Redação. São Paulo, moderna, 1984)

CONCEITOS BASICOS PARA REDAÇÃO
Reportagem da Folha Dirigida
A DISSERTAÇÂO
1.1        - O título
ü   O título deve ser centralizado, contendo poucas palavras, preferencialmente, frases nominais que antecipem a tese.
ü   Tenha a certeza de que seu título será esclaredido no corpo do texto.
ü   Somente a primeira palavra do título deve ser grafada com letra maiúscula, slavo os nomes próprios.
ü   Apesar de pouco usual, seu título pode ser uma pergunta ou até mesmo conter um verbo, desde qu seja absolutamente necessário para o entendimento da composição.
ü    Evite pular linhas entre título e o início do texto.

1.2        - A letra
ü    Escreva com letra legível, pois os avaliadores não têm tempo para decifrar seu texto.
ü    A letra pode ser cursiva ou de forma. A única banca que NÃO ACEITA letra de forma é a da Marinha.
ü   Se dirigir com letra de forma, diferencie bem as letras maiúsculas das minúsculas.

1.3        - O uso e pessoas gramaticais
ü    Cuidado para não misturar pessoas gramaticais no texto. Se decidir usar a terceira pessoa, proceda assim o texto todo. Caso opte pela primeira pessoa do plural, mantenha também essa escolha.
ü    A opção pelo ponto de vista adotado no texto, pelo aluno, dependerá da proposta de escrita que se apresente na prova.
ü   Se a proposta sugere uma visão objetiva do tema, é mais adequado que se opte pela terceira pessoa (“As autoridades...”), pela indeterminação do sujeito (“Permitiram que...”), pela voz passiva sem referência ao agente (“Diz-se que...”, “Tudo foi planejado...”) - afastando a responsabilidade do que se diz do autor do texto -, ou pela primeira pessoa do plural (“Acreditamos que...”) - dividindo-se a responsabilidade do que se diz com a coletividade, como se o dito representasse o pensamento da maioria.
ü    Se a proposta pressupõe uma certa subjetividade, ou seja, se o aluno é chamado a opinar sobre o tema, abre-se a possibilidade para a primeira pessoa do singular, para que o aluno apresente seus argumentos pessoais, suas crenças, sua ideologia.

1.4        - Sobre os parágrafos
ü   Para um texto de 30 linhas, você pode optar por escrever de 4 a 5 parágrafos, nunca mais que isso. Para um texto de 20 linhas, o ideal são 3 a 4 parágrafos, nunca menos. O importante é que haja equilíbrio no texto.
ü   Não há rigidez para o número de linhas de cada parágrafo, mas use o bom senso, pois fica desequilibrada uma redação com parágrafos muito desiguais em tamanho e muito longos.
ü   Os parágrafos têm funções bem definidas, então não basta dividir o texto sem critérios. A correta estruturação da redação apresenta a seguinte divisão:

Ø   INTRODUÇÃO - responsável por apresentar de forma clara a tese e o argumento principal de defesa. Seja direto, sem fazer rodeios com palavras de efeito, que acabam causando má impressão no examinador.

Ø    DESENVOLVIMENTO - apresenta os argumentos auxiliares e a evidência de provas que sustentarão a linha de raciocínio da argumentação. Cada parágrafo de desenvolvimento deve ter (1) uma frase introdutória (tópico -frasal), articulando-o ao parágrafo anterior, (2) frases de apoio e (3) conclusão, preparando o leitor para a extensão do assunto no parágrafo seguinte.

Ø    CONCLUSÃO - o objetivo da conclusão é o encerramnteo do debate, por isso, na conclusão, não se deve apresentar novos argumentos. Aqui, você apresenta suas considerações finais, a que conclusão o leitor pode chegar depois de ler toda a sua defesa. Se a proposta for uma situação-problema, na conclusão, você deverá apresentar uma intervenção para solucionar a questão.

PERGUNTA-SE
O aluno que quiser criar um contexto para sua argumentação pode iniciar a redação com uma pequena narrativa para depois ligá-la à sua tese e, a partir de então, defendê­-la?
Pode-se não só iniciar, mas apresentar uma sequência narativa no decorrer do texto, com o propósito de contribuir para a argumentação. É preciso, entretanto, cuidar para que o segmento narrativo não se sobreponha ao argumentativo, em importância e extensão. Em um texto argumentativo, devem-se priorizar os argumentos e a conclusões a que se chega com base neles.

1.5            - Margem e espaçamento
ü    O corpo do seu texto deve encostar na margem direita, quanto na esquerda. Evite grandes espaços no fim da linha, para não prejudicar a imagem geral da redação.
ü    O ideal é iniciar cada parágrafo com a distância aproximada de 2 centímetros da margem esquerda. O início de todos os parágrafos deve obedecer ao mesmo distanciamento.
ü    Cuidado ao dividir as sílabas das palavras na translineação. Evite deixar uma vogal sozinha na linha e atenção à separação de dígrafos, ditongos, hiatos e encontros consonantais.

1.6            - Posicioanamento do autor
ü    Num texto argumentativo, o autor deve deixar clara sua opnião sobre o tema proposto. Cuidado para não escrever apenas os fatos. Apresente logo de início seu posicionamento crítico a ser defendido sobre a temática e defenda esse posicionamento com argumentos sólidos, pois não se pode defender uma opinião com outra opinião.

1.7            - Quantidade de linhas
ü    Sobre a quantidade de linhas de sua redação, você deve estar atento às instruções iniciais da proposta da banca examinadora.
ü    Nunca ultrapasse o limite máximo exigido.
ü    Em seus editais, as bancas determinam a quantidade mínima de linhas para que a redação seja considerada e corrigida. Essa quantidade varia de instituição e de ano/concurso. Portanto, antes de tudo, leia o Edital.

1.8            - Rasuras e marcas
ü    Quando você errar alguma palavra ou precisar fazer alguma alteração de ordem gramatical, proceda da seguinte maneira: dê um risco sobre a(s) palavra(s) que pretende desconsiderar, sem colocá-la(s) entre parênteses, e reescreva-a(s) da forma correta ao lado.
ü    Não é recomendável rabiscar, mas apenas riscar.
Ex.:  caza - casa
Em hipótese nenhuma use corretivo no seu texto. Isso pode ser considerado como “marcação de prova”, o que implica grau zero em algumas bancas.
ü    NUNCA assine sua redação, ainda que seja uma carta. Neste caso, a banca dará instruções de como você deve assiná-la: um aluno, um admirador, um carioca etc.

1.9        - Princípio de autoria
ü    De um modo geral, as bancas dão valor aos textos originais, fugindo do lugar comum. Elas avaliam a capacidade crítico-argumentativa, revelada por meio da subjetividade. Essa subjetividade pode ser demonstrada com elementos modalizadores, topicalizadores e focalizadores. A escolha dos adjetivos também é marca de autoria.
ü    Se a redação mostrar perfeita compreensão da proposta, com tese bem delineada, obedecendo à modalidade padrão da língua escrita, você poderá inovar e surpreender o corretor. Esteja atento às características do gênero textual solicitado, em geral, a dissertação argumentativa, para inovar com coerência à proposta de persuasão.

Ø    IMPORTANTE
O que afasta a redação do aluno do princípio da autoria é a obediência a uma fórmula, a um modelo pré-determinado, que aprisiona suas ideias em uma “camisa de força”.
A redação não está obrigada a ter três parágrafos somente, a começar com “Sabe-se que...”, “É notório que...” e a terminar com um parágrafo iniciado pela expressão “Por tudo isso...” ou “ Com base no que foi discutido...”. Isso torna o texto artificial, e o avaliador tem a nítida impressão de que ele veio “pronto”, tendo sido somente adaptado ao tema específico.
A presença dessas expressões chamadas “carimbo” não são um problema quando são empregadas em um texto autêntico, em um texto que o próprio aluno planejou, no momento da escrita, com base no tema solicitado. Mas é preciso não abusar delas.